Apesar da queda registrada em fevereiro, os juros do cartão de crédito no Brasil continuam em patamares proibitivos, acima de 400% ao ano. Segundo o Banco Central, a taxa média cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo recuou para 412,5% ao ano em fevereiro, mas ainda assim permanece em níveis preocupantes. O crédito rotativo do cartão de crédito é considerado a linha de crédito mais cara do mercado e especialistas recomendam que os clientes evitem seu uso, pagando o valor total da fatura mensalmente.
Em relação ao cenário mais amplo do crédito bancário, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas também apresentou queda, chegando a 40,2% ao ano em fevereiro. Paralelamente, a taxa básica da economia tem recuado gradualmente, atualmente em 10,75% ao ano, o que tem impactado positivamente nos juros bancários. No entanto, a inadimplência média nas operações de crédito se manteve estável em 3,3% em fevereiro, indicando um desafio contínuo para o setor financeiro.
O volume total do crédito bancário no Brasil atingiu R$ 5,79 trilhões em fevereiro, com um ligeiro aumento em relação ao ano anterior. Destaque para o crescimento de 0,5% no crédito destinado às famílias, que totalizou R$ 3,6 trilhões, impulsionado principalmente por carteiras de crédito pessoal consignado e financiamentos para aquisição de veículos. Enquanto isso, a inadimplência se manteve estável tanto nas operações com pessoas físicas quanto com empresas, sinalizando a necessidade de cautela e gestão de risco por parte das instituições financeiras.