Em São Paulo, uma caminhada em memória dos 60 anos do golpe que instaurou a ditadura civil-militar no Brasil foi realizada em frente à antiga sede do DOI-Codi. Personalidades políticas como Henrique Olita e Maria Amélia de Almeida Teles compartilharam relatos de tortura e violência sofridos durante o período. O ato destacou a importância de manter viva a memória desses acontecimentos para evitar que atrocidades similares ocorram no futuro.
Participantes da caminhada reforçaram a necessidade de justiça e reparação, citando a persistência da violência policial nas periferias e denunciando a falta de transformações estruturais desde a redemocratização. O evento contou com a presença de figuras públicas como José Genoíno, Eduardo Suplicy e Luiza Erundina, que ressaltaram a continuidade da luta por verdade e justiça. O destino final da caminhada foi o Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Parque Ibirapuera, simbolizando a busca por reconhecimento e dignidade às vítimas do regime autoritário.
O DOI-Codi, antigo centro de repressão política, hoje abriga o 36° Distrito Policial, mas há propostas para transformá-lo em um Memorial da Luta pela Justiça. Os relatos de tortura e mortes ocorridos no local reforçam a necessidade de preservar a memória e promover os direitos humanos. A caminhada, organizada por movimentos como o Instituto Vladimir Herzog e o Núcleo de Preservação da Memória Política, destaca a importância de reconhecer o passado para construir um futuro mais justo e democrático no Brasil.