Um estudo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) revelou que o Brasil precisa investir expressivos R$ 1,97 trilhão em moradias até 2033 para eliminar o déficit habitacional. Esse montante corresponde a um aporte anual de R$ 197,5 bilhões, considerando a necessidade de suprir o déficit atual de 6,26 milhões de moradias e a projeção de demanda para os próximos 10 anos, estimada em 6,59 milhões. A maior parte desse déficit e da demanda concentra-se na Faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, destinado a famílias com renda de até R$ 2.640 mensais.
O cenário mais viável aponta que o investimento anual de R$ 485,3 bilhões para a construção das novas moradias impulsionaria o Produto Interno Bruto (PIB) do país em R$ 220,4 bilhões ao ano, equivalente a um aumento de 2,1%. Além disso, a arrecadação também cresceria, estimada em cerca de R$ 122,77 bilhões. Esse investimento significativo seria capaz de gerar anualmente 2,57 milhões de novos postos de trabalho, impactando positivamente a economia brasileira. No entanto, o estudo ressalta a dificuldade em encontrar fontes de recursos para realizar um investimento único de R$ 961,5 bilhões e zerar o déficit habitacional de uma só vez.
Diante do desafio habitacional enfrentado pelo Brasil, o estudo aponta para a necessidade urgente de aportes significativos visando a construção de moradias e a redução do déficit habitacional. Com projeções que indicam impactos positivos no PIB, na arrecadação e na geração de empregos, o investimento de R$ 1,97 trilhão até 2033 se mostra essencial para atender a demanda por habitações no país, especialmente na Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida.