A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a mudança no esquema de vacinação contra o HPV no Brasil, que agora passa a ser feita em dose única. Essa medida tem como objetivo proteger a população contra os diversos tipos de doenças e cânceres causados pelo vírus, com destaque para o câncer de colo de útero, principal consequência da infecção pelo HPV. Além disso, a incorporação de novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS), como o teste inovador de detecção de HPV em mulheres, vem contribuindo para um diagnóstico mais precoce e preciso da infecção.
A vacinação é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos, além de outros grupos específicos como vítimas de abuso sexual, pessoas vivendo com HIV, transplantados e pacientes oncológicos. A busca ativa por jovens até 19 anos que não receberam nenhuma dose da vacina é uma das estratégias propostas pela ministra para ampliar a cobertura vacinal. Com base em estudos científicos e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a decisão de adotar a dose única foi fundamentada.
O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e o principal agente causador do câncer de colo de útero. Mesmo sendo uma doença prevenível, o câncer cervical continua sendo um dos tipos mais comuns entre as mulheres, especialmente as negras, pobres e com baixa escolaridade. A incorporação de tecnologias mais precisas no diagnóstico e a ampliação do acesso à vacinação são passos importantes na luta contra essa doença que afeta milhares de mulheres no Brasil anualmente.