O aquecimento global está causando um impacto devastador nos recifes de coral em todo o mundo, com mais de cinquenta e quatro países enfrentando um grave problema de branqueamento dos corais devido ao aumento da temperatura da água dos oceanos. Esse fenômeno não só ameaça a biodiversidade marinha, mas também traz consequências diretas para a pesca, o turismo e aumenta os riscos de tempestades nas áreas costeiras. Especialistas alertam que os corais correm risco de extinção nas próximas décadas se as condições atuais persistirem.
A elevação das temperaturas nos oceanos tem levado os corais a expulsarem as algas simbióticas que vivem em sua estrutura, resultando no branqueamento e na morte progressiva dos recifes. Com a perda dessas algas, os corais ficam desprovidos de cor e incapazes de se alimentar, levando a um declínio acelerado de seus ecossistemas. Cientistas e pesquisadores, como Guilherme Longo da UFRN, testemunham o triste cenário da degradação dos corais, evidenciando a urgência de ações para a conservação desses importantes organismos marinhos.
Diante da rápida e drástica mudança climática provocada pela atividade humana, os corais enfrentam a quarta e mais grave onda de branqueamento em apenas 26 anos. A situação é tão crítica que dos vinte pontos monitorados pelo Instituto Coral Vivo e seus parceiros, 17 já apresentam branqueamento, sendo 10 em situação muito grave. A comunidade científica ressalta a importância de medidas urgentes e efetivas para mitigar os impactos do aquecimento global nos oceanos e preservar a saúde dos recifes de coral para as futuras gerações.