O prazo para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre as explicações de Jair Bolsonaro quanto à sua estadia na embaixada da Hungria termina nesta sexta-feira. O ministro Alexandre de Moraes encaminhou o caso ao órgão para elaboração de um parecer, aguardando as considerações do procurador-geral, Paulo Gonet, antes de analisar o caso em questão.
A discussão central gira em torno da possibilidade de Bolsonaro ter tentado pedir asilo ao passar dois dias na embaixada húngara, após seu passaporte ser apreendido e aliados políticos serem presos. A defesa do ex-presidente nega a hipótese, alegando que não há risco de fuga do país, e destaca que as embaixadas estrangeiras, apesar de invioláveis, não devem ser confundidas com território estrangeiro.
Bolsonaro, atualmente proibido de deixar o Brasil e sem seu passaporte, está sob investigação no Supremo Tribunal Federal por suposta tentativa de golpe de Estado. A defesa argumenta que as embaixadas estrangeiras não possuem separação territorial do país anfitrião, apesar de sua inviolabilidade, garantindo a condução de operações diplomáticas sem obstáculos.