A votação na Câmara dos Deputados sobre a prisão de Chiquinho Brazão revelou uma profunda divisão entre garantistas e punitivistas, com os bolsonaristas mudando de posição em relação aos direitos humanos para presos. O lema “bandido bom é bandido morto” foi questionado, exigindo-se agora o respeito ao devido processo legal, contraditório e defesa das prerrogativas, inclusive para Chiquinho Brazão. A sessão tumultuada resultou na manutenção da prisão do deputado com um placar de 277 a 129.
A controvérsia também se estendeu aos garantistas, que não questionaram a base das provas contra Chiquinho Brazão, levantando dúvidas sobre a imparcialidade do julgamento. A discussão sobre as prerrogativas parlamentares destacou a tristeza que permeou o Parlamento e o país nesse dia, independentemente do desfecho. A ausência de comemoração refletiu a gravidade do momento, ressaltando a importância de se discutir as prerrogativas essenciais para o exercício do mandato, como a vida, que foi cruelmente tirada de Marielle Franco.
A votação na Câmara dos Deputados expôs não apenas a polarização entre garantistas e punitivistas, mas também a complexidade e sensibilidade do tema em questão. Enquanto a prisão de Chiquinho Brazão foi mantida, o episódio levantou debates sobre justiça, direitos humanos e a aplicação do devido processo legal. O caso Marielle Franco permanece como um símbolo das profundas questões que permeiam o sistema político e judicial brasileiro.