O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem enfrentado pressões do núcleo pessoal de Jair Bolsonaro para adotar uma postura mais radical contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e, em especial, contra o ministro Alexandre de Moraes. No entanto, Tarcísio se recusa a assumir esse papel e atua como principal interlocutor entre os bolsonaristas radicais e o STF, buscando manter uma relação de diálogo e cooperação com a Corte.
Apesar de se autodeclarar bolsonarista, Tarcísio de Freitas mantém uma postura equilibrada, elogiando a inteligência e obstinação de Moraes e buscando unir-se ao ministro em vez de confrontá-lo. Sua boa relação com integrantes do governo Lula e a postura de reconhecer a derrota de Bolsonaro após as eleições de 2022 têm gerado controvérsias e críticas por parte do núcleo duro do ex-presidente, que o acusam de adotar um estilo de “morde e assopra” em sua relação com ambos os grupos políticos.
Em meio a especulações sobre uma possível candidatura à presidência em 2026, Tarcísio de Freitas busca manter um equilíbrio delicado entre gestos que agradam tanto a radicais bolsonaristas quanto a aliados de Lula. Sua estratégia política inclui não somente a manutenção de uma boa relação com o STF, mas também movimentos que desafiam as expectativas desse grupo ideológico, demonstrando uma postura de monitoramento e atenção por parte dos estrategistas do PT em relação ao governador de São Paulo.