O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou a importância de compreender como os reajustes na curva de juros dos Estados Unidos influenciarão o mandato local de controle da inflação. Em uma palestra em São Paulo, Galípolo ressaltou o aumento da correlação entre as curvas de juros do Brasil e dos EUA, alertando sobre o risco de a instituição financeira esperar demais para reagir aos eventos externos e ficar defasada na política monetária. Ele enfatizou que a comunicação oficial do BC, ao mencionar parcimônia e serenidade, visa transmitir que não reage de forma emocional a flutuações de curto prazo.
Lula, por sua vez, declarou que não há crise na Petrobras e que desentendimentos são naturais no convívio humano, em contraste com as preocupações do Banco Central em relação aos impactos externos. Enquanto isso, o mercado elevou pela segunda vez a previsão para a taxa Selic em 2024, conforme indicado pelo Focus. Além disso, encomendas de bens duráveis nos EUA registraram um aumento dentro das expectativas em março, demonstrando dinamismo na economia global.
Em meio a essas análises e projeções, o Banco Central busca avaliar com cautela o cenário econômico, buscando entender os possíveis desdobramentos dos movimentos na curva de juros dos EUA no contexto da inflação doméstica. A postura de observação e equilíbrio destacada por Galípolo reflete a preocupação em não reagir precipitadamente a eventos externos, mantendo o foco no objetivo de controlar a inflação de forma consistente e sustentável no mercado brasileiro.