O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados sorteou novos nomes para a relatoria do processo que pode resultar na cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Após desistências de três parlamentares, novos relatores foram designados para conduzir as investigações. O presidente do Conselho, Leur Lomanto Júnior, em breve escolherá um dos parlamentares sorteados para liderar as apurações, seguindo o regimento interno da Casa.
O processo no Conselho de Ética foi instaurado a pedido do PSOL, que alega que a cassação do mandato de Brazão é necessária para evitar que ele utilize sua função parlamentar para obstruir investigações. Caso o parecer elaborado pelo Conselho recomende a cassação, a decisão final caberá ao plenário principal da Câmara dos Deputados. Com a prisão de Chiquinho Brazão em março, o processo também envolve o irmão Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, todos negando envolvimento nos assassinatos. O processo no Conselho de Ética pode se estender por até 60 dias.
Enquanto o relator do processo na Comissão de Ética ainda será escolhido, Chiquinho Brazão, sem partido, está sob custódia desde março por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A prisão foi motivada pela delação premiada do policial militar Ronnie Lessa, que afirmou que os Brazão foram os mandantes do crime que vitimou Marielle Franco. Com desistências de relatores anteriores, o processo segue em andamento com novos nomes encarregados de conduzir as investigações no âmbito do Conselho de Ética da Câmara.