Uma comissão interna da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) está investigando supostos desvios de conduta do general da reserva Mauro Lourena Cid, ex-chefe da Apex em Miami durante o governo de Jair Bolsonaro. Três funcionários da agência foram chamados para prestar esclarecimentos em Brasília após acusações de que o general teria utilizado a estrutura da Apex para tratar de planos golpistas. Segundo relatos, o general teria retornado ao escritório em Miami após deixar o cargo para apagar informações de dispositivos corporativos, com a colaboração de outros funcionários.
A investigação interna da Apex ocorre com cautela, garantindo o direito de resposta a todos os envolvidos. Os funcionários convocados para esclarecimentos são Michael Rinelli, Fernando Spohr e Paola Bueno. Rinelli, descrito como próximo ao general, teria admitido ter apagado celulares e computadores por ordem de Spohr e Paola. Há um desconforto entre os funcionários da Apex em Miami, que veem com preocupação a continuidade de alguns envolvidos nos cargos, mesmo durante a apuração em andamento.
A Apex formou uma comissão interna que tem 60 dias para concluir a investigação. Após a divulgação de uma carta denunciando os desvios de conduta, o atual presidente da agência, Jorge Viana, tomou providências e iniciou a apuração. O site UOL publicou as acusações envolvendo o general Mauro Lourena Cid, que teria sido chefe-interino em Miami, e seus possíveis planos golpistas, desencadeando a investigação em curso na agência.