No marco dos 60 anos do golpe militar de 1964, o ministro da Defesa, José Múcio, destaca o papel da nova geração das Forças Armadas em evitar uma nova ruptura democrática no Brasil, ressaltando a postura não golpista adotada. Em meio a depoimentos de ex-comandantes militares e a postura do presidente Lula em virar a página desse período sombrio da história do país, surgem discussões sobre a necessidade de esclarecer os eventos da ditadura sem revanchismo, enquanto se observam diferentes posicionamentos entre as lideranças militares atuais.
Neste contexto, o Supremo Tribunal Federal (STF) se destaca com o voto do ministro Flávio Dino, reforçando a tese de que as Forças Armadas não possuem poder moderador e que não há um quarto poder militar. Enquanto o presidente Lula evita cerimônias oficiais em relação à ditadura, ministros e figuras públicas se manifestam nas redes sociais, alguns condenando abertamente o regime militar. A postura adotada por diferentes atores políticos e militares revela a complexidade e os desafios presentes na memória e na reconciliação com o passado autoritário do Brasil.
Por fim, a sociedade brasileira enfrenta o desafio de lidar com as marcas deixadas pela ditadura militar, buscando um equilíbrio entre a memória das violências do passado e a construção de um futuro democrático. A atuação do STF, as declarações do presidente Lula e as manifestações de autoridades públicas refletem a diversidade de opiniões e a necessidade de um debate maduro e respeitoso sobre o legado do golpe de 1964, visando fortalecer os pilares democráticos do país para as gerações futuras.