A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiou o debate sobre a regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil para a próxima sexta-feira, devido a problemas técnicos. A proibição desses dispositivos, em vigor desde 2009, tem sido discutida, com a Anvisa recebendo contribuições sobre o tema. A Associação Médica Brasileira alerta para os perigos à saúde associados aos cigarros eletrônicos, destacando a presença de nicotina e substâncias tóxicas nos aerossóis, além de riscos de doenças pulmonares e cardiovasculares.
A comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil, apesar de proibida, tem sido observada em diversos estabelecimentos, especialmente entre os jovens. Estudos indicam que a nicotina presente nos vapes pode levar à dependência e causar danos à saúde, como aumento da rigidez arterial e riscos de infarto. Além disso, um surto de doença pulmonar em usuários de cigarros eletrônicos nos Estados Unidos evidenciou os perigos associados a esses dispositivos.
No cenário político, um Projeto de Lei no Senado Federal propõe a legalização da produção, importação e consumo de cigarros eletrônicos no Brasil. Enquanto isso, o país é reconhecido internacionalmente por sua política de controle do tabaco, implementando medidas da Organização Mundial de Saúde para reduzir o consumo do tabaco e proteger a população de doenças crônicas não transmissíveis. O debate sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos continua em destaque, levantando questões sobre saúde pública e legislação no país.