O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, defendeu a importação do gás argentino proveniente da reserva de Vaca Muerta como uma solução para reduzir o preço do gás natural no Brasil. Alckmin ressaltou a necessidade de revisão dos preços e mencionou a importância de realizar um pente fino no custo do gás, especialmente para setores industriais intensivos no seu uso, como a indústria de aço e vidro. Além disso, o ministro também propôs a redução do nível de reinjeção de gás nos poços de petróleo como medida para otimizar a extração.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o governo está avaliando a possibilidade de importar gás natural da região de Vaca Muerta, na Argentina, por meio de rotas pela Bolívia ou Paraguai. Estima-se que a importação poderia alcançar 3 milhões de metros cúbicos por dia. Além disso, o governo planeja criar um comitê de monitoramento de projetos de gás natural, visando aumentar a oferta do insumo e reduzir seu preço para a indústria. O comitê será formado a partir de um grupo de trabalho existente, o GT do Gás para Empregar, e buscará destravar questões regulatórias e de licenciamento ambiental.
Diante da necessidade de avanço na regulação do mercado de gás natural no Brasil, o governo recebeu um estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre o tema. O documento destaca a importância da padronização de contratos e do acesso a infraestruturas essenciais para o desenvolvimento do setor. A iniciativa de importar gás argentino e criar um comitê de monitoramento demonstra a busca por soluções para garantir o abastecimento de gás natural e torná-lo mais acessível para a indústria brasileira.