A renúncia do advogado André Callegari na defesa de Rogério Andrade, bicheiro envolvido na Operação Calígula no Rio de Janeiro, foi comunicada ao ministro Nunes Marques do Supremo Tribunal Federal (STF) em um comunicado datado de 20 de abril. Callegari, responsável pela vitória que derrubou medidas cautelares como o uso da tornozeleira eletrônica, citou motivos éticos e divergências estratégicas para sua saída. A decisão de Nunes Marques em atender ao pedido da defesa de Andrade, permitindo a retirada da tornozeira e o fim do recolhimento noturno, gerou controvérsia e foi contestada pela Procuradoria-Geral da República.
A Procuradoria-Geral da República recorreu da decisão de Nunes Marques, que surpreendeu outros membros da Corte, e espera-se que a segunda turma do STF analise o caso de Rogério Andrade. Sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, Rogério foi preso em 2022 pela Operação Calígula, que investiga a exploração de jogos de azar no Rio de Janeiro. Após a determinação de soltura por Jorge Mussi do STJ em dezembro de 2022, Andrade estava sob medidas cautelares como o uso da tornozeira eletrônica, recolhimento noturno e comparecimento periódico ao juízo. A revogação dessas medidas por Nunes Marques causou impacto e levantou questionamentos sobre a condução do caso.
A decisão do ministro Nunes Marques no STF, que permitiu a retirada da tornozeira eletrônica de Rogério Andrade, continua a gerar repercussões no cenário jurídico brasileiro. A saída de André Callegari da defesa do bicheiro e as contestações da Procuradoria-Geral da República evidenciam a complexidade e polêmica que cercam o caso. O desenrolar desse episódio destaca a importância do papel do Supremo Tribunal Federal na interpretação e aplicação da lei, bem como a atenção da sociedade em relação às decisões judiciais que impactam diretamente casos de grande repercussão.