Os acionistas da Petrobras decidiram distribuir 50% dos dividendos extraordinários da estatal, gerando polêmica no governo. Com a decisão, o Tesouro Nacional deve receber pelo menos R$ 6 bilhões. A proposta inicial de reter os dividendos extras foi contestada, levando à queda das ações da Petrobras em 10% em um único dia.
A distribuição dos dividendos extraordinários quase resultou na queda do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, após ele se abster de votar, em desacordo com a maioria do conselho. A aprovação da medida em assembleia ressaltou a disputa de influência no governo. Além disso, a permanência de Prates no cargo foi respaldada após intervenção do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que buscou mais recursos para garantir o déficit zero em 2024.
A decisão de distribuir metade dos dividendos extraordinários reflete a turbulência na Petrobras, envolvendo desentendimentos entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A situação delicada do presidente da empresa, a fritura no Planalto e o apoio de Haddad evidenciam as complexidades políticas e econômicas envolvidas na gestão da estatal e nas relações com o governo central.