O presidente brasileiro Jair Bolsonaro demonstrou proximidade com o governo ultranacionalista e ultraconservador da Hungria, liderado por Viktor Orbán. Ambos os líderes compartilham ideologias semelhantes, rejeitando influências do Ocidente, desconsiderando minorias sexuais e imigrantes, e atacando a autonomia de instituições como universidades e o judiciário. A recente visita de Bolsonaro à embaixada húngara em Brasília gerou investigações sobre seus propósitos, alimentando especulações sobre a afinidade entre os dois governos autoritários.
A Hungria, que passou por uma transição do comunismo para o domínio da extrema-direita, tornou-se um exemplo para líderes como Bolsonaro. O governo de Orbán adota políticas discriminatórias e repressivas, como a lacração de livros com personagens de minorias sexuais, gerando críticas e preocupações com a erosão da democracia no país. A estratégia eleitoral da extrema-direita contemporânea busca ganhar poder democraticamente para, em seguida, minar as bases democráticas de dentro, como destacado por observadores políticos.
A crescente hostilidade e autoritarismo no governo húngaro refletem tendências preocupantes de governos populistas e nacionalistas ao redor do mundo. A relação entre Bolsonaro e Orbán revela a atração por regimes autoritários e a distância da democracia liberal. A afinidade ideológica entre os dois líderes levanta questionamentos sobre o futuro da democracia e dos direitos humanos em seus respectivos países, bem como sobre a influência desses governos no cenário político global.