Uma operação policial denominada Munditia revelou o envolvimento de membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na manipulação de licitações públicas em prefeituras do estado de São Paulo, com contratos investigados que ultrapassam os R$ 200 milhões. Na terça-feira (16), cerca de 200 policiais apoiaram o Gaeco no cumprimento de 42 mandados de busca, 15 de prisão temporária e apreenderam armas, munições, celulares, notebooks e quantias significativas em dinheiro. Treze pessoas foram presas, incluindo vereadores, um advogado e ocupantes de cargos públicos, em diversas cidades investigadas.
As investigações apontam para a simulação de concorrência pública por parte da estrutura criminosa, em conluio com empresas parceiras, além da corrupção de agentes públicos e políticos, fraudes documentais e lavagem de dinheiro. As empresas investigadas atuavam de maneira sistemática para frustrar a competição em contratações de mão-de-obra terceirizada em diversas prefeituras e câmaras municipais. A operação Muditia destaca o grupo econômico investigado e os contratos de terceirização de limpeza como alvos principais do esquema.
A ação policial revela a abrangência e complexidade do esquema criminoso, que operava em diversas cidades como Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, entre outras. Com a prisão de vereadores, agentes públicos e apreensão de armas, dinheiro e documentos, a investigação lança luz sobre a influência do PCC em licitações públicas, evidenciando a gravidade da corrupção e dos delitos cometidos.