Uma em cada seis mulheres com endometriose já perdeu pelo menos um emprego por causa da doença. 40% têm receio de serem demitidas e 27% deixam de ser promovidas por conta da condição causada pelo mal.
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O mês de conscientização contra endometriose foi escolhido para a realização do primeiro evento presencial sobre a doença, em Goiânia. No dia 13 de março,nesta quarta-feira, às 19h, acontecerá o seminário “Endometriose profunda, novas fronteiras e paradigmas do tratamento”. Na ocasião, estarão reunidos no Centro de Treinamento da Hospcom, profissionais da área de saúde, estudiosos do tema, entre eles médicos, acupunturistas, nutricionistas, fisioterapeutas e enfermeiros, além de pacientes interessados na pauta. A endometriose é o espessamento do endométrio – tecido que reveste a cavidade uterina – para fora do útero, em regiões da cavidade abdominal, como os ovários e a bexiga.
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Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública que impacta a qualidade de vida das mulheres, a endometriose provoca sofrimento em uma a cada 10 mulheres no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. E para o triênio 2023 a 2025, são esperados mais de 7 mil novos casos.
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O médico Maxley Alves, cirurgião geral especialista em cirurgia minimamente invasiva e robótica, organizador do evento escolheu o mês de março por, além de ser o mês de se discutir a endometriose, também é o mês do Dia da Mulher e, segundo ele, um momento de se refletir sobre as dores femininas, entre elas a provocada pela endometriose. Além das cólicas menstruais, principal queixa de quem tem endometriose, o espessamento patológico do endométrio pode causar dispareunia, que se caracteriza pela dor durante o ato sexual. A endometriose é ainda responsável por cerca de 50% dos relatos de infertilidade feminina.
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O médico acrescenta que a endometriose já é quase um problema social para a mulher, ao atingir a autoestima e o lado profissional delas, pois muitas precisam faltar ao trabalho e a compromissos sociais frequentemente, devido às fortes e constantes dores. E o comprometimento pode ser ainda maior, já que, segundo um estudo da revista Americana Forbes, citando estudos realizados no Reino Unido, uma em cada seis mulheres com endometriose já perdeu pelo menos um emprego por causa da doença. 40% têm receio de serem demitidas e 27% deixaram ser promovidas por conta da condição causada pelo mal.
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No Brasil são cerca de oito milhões de mulheres com endometriose. Pessoas que sofrem por décadas antes de serem diagnosticadas. É o caso da professora brasiliense Martha Elisa Moreira dos Santos, cuja primeira menstruação, aos 13 anos, deu início a sua entrada no universo da dor. Para ela, até o diagnóstico foram 15 de dores e que culminou na infertilidade. Foi ao tentar engravidar que ela acabou tendo o diagnóstico fechado e, finalmente, o tratamento adequado para a doença, que há tempos lhe provocava dores e desconforto. Além de se livrar das dores, que a limitava profissionalmente e socialmente, a cirurgia permitiu que se tornasse mãe.
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No caso de Martha Elisa, a cirurgia foi o tratamento indicado, porém o médico Maxley Alves acrescenta que dependendo do grau da doença, ele pode ser apenas medicamentoso.
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No evento do dia 13, o objetivo é se discutir as diversas vertentes do tratamento, com profissionais que atuam no tratamento da enfermidade, para que haja um diagnóstico mais rápido e eficaz da endometriose e que implique em menos sofrimento para a mulher, pois uma descoberta tardia pode levar inclusive à retirada do útero e parte do intestino, ou seja, quanto mais cedo se fechar um diagnóstico, menos tempo sofrendo com dores e menos risco de perdas irreversíveis.
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Sobre Maxley Martins Alves
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Médico, Cirurgião Geral, especialista em cirurgia minimamente invasiva e robótica, cirurgia de endometriose, metabólica e bariátrica. Fellow American Colleg
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Encontro Científico Endometriose Profunda, Novas Fronteiras e Paradigmas do TratamentonDATA – 13/03 (quarta-feira)nLOCAL: Centro de Treinamento da HospcomnENDEREÇO: Rua 89, 717, Setor Sul – Goiânia, GoiásnENTRADA: FrancanRESERVAS pelo WhatsApp- 62 9 8137 7166
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– Brasil em Folhas S/A
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