Tecnologias de governança digital são essenciais para evitar vazamentos e fraudes.
Grandes bancos brasileiros estão intensificando investimentos em tecnologias de governança digital, como as oferecidas pela Privacy Tools, para proteger dados pessoais de seus clientes. Com a crescente preocupação sobre vazamentos de informações no setor bancário, a privacidade se tornou uma prioridade, especialmente após a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em 2018, que tornou a gestão de dados uma responsabilidade legal para as instituições financeiras.
Dados pessoais, que podem parecer inofensivos, como nome e categoria do cartão, podem ser utilizados para criar perfis de consumo e influenciar decisões financeiras. Marcel Mascarenhas, sócio do Warde Advogados, destaca que as instituições agora devem garantir a portabilidade e a proteção dos dados, limitando sua exploração a finalidades consentidas. A chave Pix, uma ferramenta cada vez mais comum, também apresenta riscos significativos, com notificações de vazamentos pelo Banco Central no último ano.
Os impactos de vazamentos de dados não afetam apenas os clientes, mas também as instituições financeiras, que enfrentam prejuízos reputacionais e financeiros. Um relatório da IBM revela que empresas brasileiras perdem, em média, R$ 6,75 milhões por incidente de violação de dados. A importância de um programa robusto de privacidade é enfatizada por Matheus Vieira, do Banese, que afirma que a conformidade com a legislação fortalece a confiança do cliente.
A Privacy Tools, uma startup brasileira, está na vanguarda da proteção de dados, ajudando bancos a se adequarem ao Open Finance e à LGPD. A CEO Aline Deparis ressalta que a governança de privacidade é essencial não apenas para cumprir a legislação, mas também para garantir a segurança dos clientes e a continuidade operacional em um ambiente regulatório competitivo. Investir em privacidade se torna, assim, uma vantagem competitiva no setor bancário.